terça-feira, outubro 31, 2006

RUA COLMERA HOJE

Um pequeno apontamento sobre a mesma rua. Hoje é uma das ruas mais problemáticas, onde a frequência dos acidentes é uma evidência! Mais uma vez, a centralidade impõe-se. O Hotel Timor e o campo de refugiados ficam muito próximos.

Nesta fotografia podem ver o local onde um jovem foi assassinado. O volume que agora faz de jazida, era o que o mesmo transportava às costas enquanto pedalava na sua bicicleta, antes de ser esfaqueado. É assim, por estes dias...

sábado, outubro 21, 2006

RUA COLMERA/ "RUA AUGUSTA"

Cada vez que penso colocar um post no blog, não me sinto motivada e penso sempre :“fica para amanhã...”
Percebo então que não tenho escrito por duas razões:

1ª:Resta-me pouco tempo depois das horas de expediente.

2ª:Sinto que ao escrever, generalidades sobre Timor-Leste, é como se me traísse a mim própria, na medida em fujo ao espírito que aqui se vive – a tensão instalada por uma crise política, ainda não terminada, nem resolvida!


Digam-me daí o que querem que vos conte...deixo-vos, entretanto com alguns apontamentos tirados antes da partida.

RUA COLMERA/”RUA AUGUSTA”

A Rua Colmera é a rua mais movimentada de Díli e com maior número de lojas por m2. O nome “Rua Augusta” assenta-lhe bem, porque para além de ser a que concentra maior oferta de serviços e de comércio é também aquela onde podemos encontrar, tal como na Rua Augusta, comércio tradicional. Não sei como terá crescido a cidade de Díli, mas o facto de existir este tipo de comércio nesta rua é um indício de que já era o “centro” da cidade, antes desta se expandir. Por entre inúmeras lojas de electrodomésticos, material electrónico, material audiovisual e vestuário – em regra, o refugo das imitações made “in China” - podemos encontrar alfaiates e retrosarias. É ainda uma prática muito comum, entre os timorenses “mandar fazer” roupa! É por isso que estas lojas existem! Porque há procura! Quero acreditar que daqui a alguns anos, quando Timor-Leste for assinalável no mapa por razões de desenvolvimento (optimismo meu) e for “engolido” pela tão necessária e perigosa globalização, estas lojas se mantenham, pois são elas, que aqui, como em Portugal, como em qualquer parte do mundo, ditarão a diferença; que contribuem para afirmar identidades e acentuar diferenças nesse mundo (desenvolvido) cada vez mais igual.